Diadema de Graça

[Read the devotional «Garlands of Grace» in English.]

Graça, é tradicionalmente definida como favor imerecido. Quero salientar imerecido e, adicionar que a graça é dada a quem não a merece. Não há nada que o homem possa fazer para ganhar ou merecer a graça; é inteiramente uma dádiva de Deus. Acredito que é impossível compreender verdadeiramente a graça sem uma revelação do pecado. Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”, (Romanos 3:23).

O pecado separa-nos, completamente, de Deus. O homem foi colocado fora do Jardim do Éden e a morte começou a reinar sobre ele. A morte é a corrupção da criação de Deus. É a consequência da desobediência do homem. O pecado do homem tem sido a causa do mal que há na terra. Por outras palavras, o homem merece os problemas que tem. São apenas consequências do seu pecado. Se buscamos a justiça, então não há esperança. Tudo está perdido. O pecado do homem fez com que ele fosse condenado eternamente.

A graça é a resposta de Deus à condição do homem. É o favor imerecido de Deus dado a quem não merece. No estado destituído do homem, Deus mostrou misericórdia. A Graça foi dada mesmo quando ainda não havia uma resposta de fé. Enquanto o pecado ainda reinava sobre o homem, Deus enviou o Seu Filho. A justiça foi satisfeita pelo derramamento do sangue de Jesus, e desta forma o homem foi resgatado do seu estado pecaminoso. Tudo isso aconteceu antes do homem acreditar. A salvação, todo o pacote da vida eterna, cura, libertação, bênçãos, etc., foi dada livremente à humanidade que não a merece. Porque a graça é uma dádiva, não podemos reivindicá-la a Deus. Nós não podemos exigí-la, nem temos qualquer base para sentir ciúmes pela forma como a graça é distribuída aos outros. Como na parábola dos trabalhadores e dos seus salários, se a pessoa que trabalhou uma hora recebe o mesmo salário que aquela que trabalhou o dia inteiro, isso é justo. Deus não é obrigado a fazer mais do que Ele prometeu. Ser generoso é uma decisão Sua. 

A resposta da fé à graça é a ação de graças. A apreciação do dom que se recebe é como ter um diadema na cabeça ou um colar no pescoço, (Provérbios 1:9). Jesus é cheio de graça e de verdade. Ele é gracioso. Ele é bonito. Ao respondermos à graça, com um coração aberto e grato, libertamos o aroma doce da presença do Senhor, e a Sua santidade e natureza torna-se visível perante todos. O homem redimido brilha com a Sua presença. A graça não é apenas para a salvação do espírito do homem, mas para a transformação do seu espírito, alma e corpo. A graça é sempre um dom. Não é apenas o começo da nossa fé, mas é também o nosso aperfeiçoamento diário. Sem a graça não somos nada.

Quando a graça é reconhecida numa área, mas não em todas, é como um bolo que não foi virado; cozido de um lado e cru do outro, (Osaías 7:8). Isto é ter a aparência de santidade numa área da vida e o pecado a reinar noutra. Aqueles que observam esta vida meio-cozida (ou “meia-graça”), chamam-lhe hipocrisia. Falta-lhe a aparência e sabor da pessoa de Jesus. Jeremias disse que Moabe era assim. Ele comparou Moabe ao vinho que não tinha sido derramado de vasilha para vasilha. Repousou nas suas borras e o seu gosto permaneceu o mesmo, (Jeremias 48:11-13). Por outras palavras, a graça estava lá, mas não foi recebida em todas as áreas da sua vida. Moabe estava disposto a começar bem, mas não conseguiu continuar na graça. Ele deixou o local de humildade e da ação de graças e estava cheio de orgulho. O pecado, mais uma vez, reinou e as consequências foram desastrosas. Vamos aprender com a vida das pessoas graciosas, que na sua humildade reconheceram o trabalho do Senhor para salvar, santificar e glorificar. Vamos imitar aqueles que abraçam a cruz e caminham diariamente no poder do Espírito Santo. Vamos deixar que a graça seja o nosso diadema e o louvor o nosso vestuário.

Escrituras Para Meditar
Provérbios 1:9; 4:9; Mateus 20:1-16; João. 1:14; I Pedro 1:13; Oseias 7:8; Jeremias 48:11-13

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