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Espinhos nas nossas vidas

O Apóstolo Paulo foi continuamente perturbado, pelo que ele disse ser um espinho na carne. Alguns pensam que este espinho era uma doença ocular da qual nunca foi curado. Esta interpretação é derivada do livro de Gálatas, onde Paulo afirma que a igreja estava disposta a arrancar os próprios olhos para lhe dar. Outros pensam ser a oposição satânica ao seu ministério.

Independentemente do que tenha sido, foi algo negativo que o levou a necessitar continuamente da graça do Senhor. Paulo apercebeu-se da necessidade da total dependência do Senhor. Esta foi a chave para o seu ministério. Contudo, com todas as revelações que ele recebeu e a forma poderosa que Deus o usou para ajudar outros, ele considerou o seu maior inimigo a vaidade. Para combater isto ele concentrou-se em gloriar-se nas suas fraquezas para que Cristo pudesse ser glorificado através dele.

Ao estudar a vida e ministério de Paulo, observo vez após vez o apóstolo fazer referência ao seu testemunho. Ele estava sempre consciente do seu pecado, daquilo que tinha sido antes de conhecer Jesus e, ao mesmo tempo, da graça que recebeu na salvação. A sua mensagem era a cruz de Cristo e a sua identificação com ela. Paulo progressivamente desenvolveu o seu entendimento sobre a graça. Ele não entendeu tudo de uma vez. Lembrem-se que ele era Fariseu filho de Fariseus. Ele sentia-se orgulhoso da sua diligência em manter a lei e em abster-se do pecado, mas na estrada para Damasco, ele caiu do seu cavalo.

Mais ou menos 14 anos após a sua conversão, Paulo escreve a carta aos Gálatas, onde se gloria de ter confrontado Pedro, por causa da sua hipocrisia e diz, ainda, que os outros apóstolos nada lhe comunicaram. Ele sentia que ele era igual a qualquer um deles (Gálatas 2:6-13). Cerca de cinco anos depois, ele escreve aos Coríntios dizendo que ele é o menor de todos os apóstolos (I Cor. 15:9). Então, cerca de três anos antes de sua morte, Paulo confessa a Timóteo que ele é o principal de todos os pecadores (I Timóteo 1:15). Ele aprendeu a gloriar-se na sua fraqueza e a não confiar na carne. Os espinhos não são bons, mas servem ao propósito de Deus.

Uma destas noites fui acordado por um “pensamento” de Deus. Eu senti que o Senhor dizia: “tu não podes ter a revelação da graça sem a revelação do pecado; não podes ter a revelação da bênção sem a revelação do sangue; não podes ter a revelação do amor sem a revelação do perdão; não podes ter a revelação da aliança sem a revelação da cruz.”

Jesus disse ao jovem mancebo: “não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus.” Tenho a certeza que existem coisas na nossa vida que nos lembram as nossas fraquezas, o pecado e a nossa necessidade absoluta da graça de Deus. Que nunca sejamos “soberbos” ao pensarmos que somos bons, e que mesmo sem Deus temos valor e importância. Somente em Cristo temos vida, e vida em abundância.

Escrituras para meditar
II Coríntios 12:1-10; Efésios 2:7-8; Filipenses. 3:8; João 10:10; Romanos 3:23; 8:26; Marcos 10:17-22.

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

Abençoe o ministério do Pr. James Reimer, adquirindo estes livros.

[Read the devotional «Thorns In Our Lives» in English.]

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