Resolver problemas

Durante o tempo de eleições, os media são dominados por candidatos que prometem resolver todos os problemas da nação. Muitas vezes penso comigo mesmo (e agora estou a pensar em voz alta para ti) sobre o quão inútil é pensar que um homem caído, que originou todas as desgraças da vida, possa esperar resolver os seus problemas ao eleger outro homem caído. Ao longo dos anos o ciclo repete-se: promessas que geram esperança, depois passam da esperança para o desapontamento que gera desilusão e de seguida surge alguém com uma “solução” e mais promessas… o ciclo continua. Carl Jung, no seu livro Tipos Psicológicos, conclui que “todos os maiores e mais importantes problemas da vida são fundamentalmente insolúveis… Eles nunca podem ser resolvidos, mas apenas superados”. Por outras palavras, em vez de resolver problemas, as pessoas simplesmente aprendem a lidar com eles e a continuar com a sua vida.

Lidar com os problemas pode ser uma opção para a maioria das pessoas, pelo menos é melhor do que ficar louco ou cometer suicídio, mas deixa-nos com uma visão fatalista, apática e cínica do mundo. Eu acredito que Albert Einstein acertou em cheio quando disse: “Nós não podemos resolver os nossos problemas tendo o nosso pensamento no nível de pensamento que os criou”. É preciso “sair da caixa” para sermos capazes de transformar a esperança em fé. A perspetiva depende da posição da pessoa. Uma montanha pode parecer enorme vista do local onde se encontra, mas de um avião parece bastante pequena. Quando percebemos que estamos “sentados com Ele nos lugares celestiais” (Efésios 2:6), e que nos foi dado poder para pisar todo o poder do inimigo (Lucas 10:19), então ficamos com uma nova perspetiva acerca dos nossos problemas e eles podem ser resolvidos.

Quando Lázaro adoeceu, as suas irmãs, Maria e Marta, pediram que Jesus viesse curá-lo. Elas tinham visto Jesus curar inúmeras pessoas e tinham a certeza de que o problema do irmão poderia ser facilmente resolvido. Mas Jesus demorou a chegar e Lázaro morreu.

Agora parecia que o problema não tinha nenhuma solução e assim a tristeza oprimiu-as. A esperança transformou-se em desespero. Quando Jesus finalmente chegou, o desapontamento de Marta para com Jesus manifestou-se quando ela disse: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (João 11:21). Ela estava a olhar para o problema ao nível do problema e foi tomada pela incredulidade. Jesus falou com ela “fora da caixa”, quando disse que Lázaro iria ressuscitar. Ainda no nível do problema, Marta tenta lidar com isto e busca consolo ao interpretar este “ressuscitar dos mortos” como sendo “no último dia”. Jesus leva-a para outro nível ao dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá…” (João 11:25).

Nós facilmente chegamos a conclusões quando somos confrontados com um problema. Impetuosamente declaramos: “não há cura” ou “ele nunca vai mudar” ou “eu estou falido” como um meio de lidar ou fugir dos nossos problemas. Já te ocorreu que os pensamentos de Jesus são mais altos do que os teus? Que os Seus caminhos estão noutro nível do que os deste mundo? Ele não está sujeito às circunstâncias, como tu pareces estar, mas está muito acima delas. A Sua Palavra, “cura todas as nossas enfermidades” (Salmo 103:3), cancela a sentença de morte que uma doença pode declarar. Problemas financeiros não são resolvidos por termos mais dinheiro, mas por recebermos a sabedoria de cima para fazer riqueza (Deuteronómio 8:18). Ganhar um novo amigo ou casar não cura o desejo de ser amado. O amor vem de Deus. Quando fores confrontado com um problema, olha para cima. Olha para Aquele que soluciona todos os problemas.

Escrituras Para Meditar
Salmo 110:1; Isaías 55:8-9; I Pedro 3:22; I Coríntios 15:27-28; Lucas 10:19; Filipenses 4:4-9.

[Read the devotional «Problem Solving» in English.]

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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