Semelhante a Cristo

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Nas inúmeras ocasiões em que Jesus falou aos discípulos sobre o Pai, numa, Filipe interrompeu-O e disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta,” (João 14:8). Filipe queria ver para crer. Jesus ficou surpreendido com o pedido de Filipe. Ele respondeu: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai…, “(v.9). Ou seja, Jesus estava a dizer: “Filipe, tu estás a olhar para o Pai, quando olhas para mim.” Jesus é semelhante ao Pai e o Pai é semelhante a Cristo.

Jesus é o visível do invisível. Ele explica isto ao dizer: “Eu estou no Pai e o Pai em mim,” (v.11). Quando a água é turva, só podes ver a superfície, mas quando é cristalina podes ver claramente até ao fundo. O que Jesus disse e o que Ele fez, tudo refletia claramente o Pai. O véu tinha sido tirado. Deus fez-se carne. A Sua glória tornou-se visível em 3D. Todos podiam olhar para Ele, todos podiam tocá-lo. Aqueles que se aproximaram de Jesus com fé, viram mais do que apenas um homem. Eles viram o Cristo, o Filho do Deus Vivo. As suas vidas foram transformadas. Os seus corpos foram curados. Os mortos foram ressuscitados. As suas palavras queimavam nos seus corações. Eles seguiram-no de boa vontade e não se cansavam da Sua presença. Aqueles cujos olhos estavam enlameadas pelas suas próprias tradições religiosas, só podiam ver em Jesus o seu próprio reflexo. Não é à toa que eles rejeitaram as Suas afirmações de ser Deus.

A fé abre os nossos olhos para ver o invisível. Primeiro, é como olhar através de um vidro nublado. Vemos o suficiente para acreditar que Deus existe, que há mais do que apenas o natural e que Jesus é o Salvador. Isaías diz que é como ter janelas de cristal. Elas são translúcidas, mas não transparentes. Quando alguém continua a olhar através desta janela de fé uma coisa incrível começa a acontecer. A nossa visão torna-se mais clara e vemos o que antes era apenas um conceito ou ideia. A fé remove o véu da razão e da dúvida, e quando vemos tornamo-nos semelhantes a Ele. Paulo escreve isto aos Coríntios: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem,” (II Coríntios 3:18).

O pedido de Filipe revelou a sua incredulidade. Ele estava tão perto, mas tão longe. Ouviu tantas palavras, mas não a Palavra. O que faltava na vida de Filipe era o Espírito do Senhor. É o Espírito de Deus que abre os olhos do nosso entendimento. É o Espírito do Senhor, que nos tira das trevas para a luz. É onde está o Espírito do Senhor, que há liberdade. Foi o Espírito de Deus que deu a Pedro a revelação de que Jesus era o Messias, o Filho do Deus Vivo. Sem o Espírito, tudo o que os discípulos podiam ver em Jesus era um profeta, um Elias ou Moisés. Assim como Jesus é semelhante ao Pai e o Pai é semelhante a Cristo, os discípulos também deviam ser semelhantes a Cristo. Mas, sem o Espírito de Deus isso era impossível. Por esta razão, Jesus disse aos discípulos que esperassem em Jerusalém até que recebessem o poder do Espírito Santo. Pois, sem Ele, nada podiam fazer.

Seres como Cristo é refletir a pessoa de Jesus na tua vida. Quando as pessoas olham para ti, para o que fazes e para o que dizes, elas devem ver e ouvir Jesus. Assim como Deus se tornou visível em Jesus, Jesus deve ser visível nas nossas vidas. Isto só é possível através do Espírito de Deus que habita em nós. Esta é a essência da fé. É a imagem de Deus tornando-se visível para nós e através de nós. É Deus tornando-nos semelhantes a Cristo, como Ele é.

Escrituras para meditar
João 14:6-10; Colossenses 1:15; I Timóteo 1:17; I João 3:2; Efésios 1:17; Isaías 54:12; II Coríntios 3:18

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