Os Primeiros a Responder

Admiro as organizações que fornecem ajuda às vítimas de desastres. Quando um terramoto, furacão ou outro desastre natural ocorre, eles são os primeiros a chegar; trazem água potável, comida, cobertores, abrigos temporários e assistência médica. Com o risco de perda pessoal, estes valentes trabalhadores, (e muitos deles são voluntários), deixam as suas zonas de conforto e sacrificam tudo para salvar quem podem. Eles não esperam até que haja uma crise para preparar uma resposta. Eles preparam-se com bastante antecedência. Um amigo meu fundou uma destas organizações em Israel. Quando o tsunami destruiu grande parte da área costeira da Indonésia, com a ajuda dos militares, eles foram a primeira ONG a prestar ajuda. As histórias que ele conta são cheias de heroísmo por parte dos trabalhadores e da intervenção sobrenatural por parte de Deus.

A Igreja de Filipos era assim. O seu ADN era: “o primeiro a responder”. Começou com Paulo. Ele tinha planos de ir para a Ásia, mas quando ouviu, num sonho, que a Macedónia pedia que alguém lhes trouxesse o Evangelho, ele mudou os seus planos e foi para Filipos. Ele foi o primeiro a levar o Evangelho à Europa. A Igreja em Filipos foi fundada sobre duas conversões importantes; a de Lídia, que realizou uma reunião de oração feminina nas margens do rio, e a do carcereiro, que Paulo impediu que cometesse suicídio, no decorrer de um terramoto. Estes foram os primeiros a responder ao Evangelho na Europa.

De Filipos, Paulo foi para Tessalónica, e a igreja de Filipos foi a primeira a dar-lhe apoio financeiro para esta nova igreja. Assim como Paulo tinha sido preso por pregar o Evangelho, a igreja em Filipos, também sofria perseguição que resultou em extrema carência económica. Quando Paulo estava a levantar ofertas para ajudar os necessitados em Jerusalém, os filipenses insistiram em participar e ofertar também. Paulo não esperava isto, vendo que muitos estavam a sofrer de pobreza extrema, mas eles responderam. Fazia parte do seu ADN. Eles deram com alegria e deram além do que podiam.

Quando Paulo foi preso em Roma, muitos crentes distanciaram-se dele por medo da perseguição e perda pessoal, mas não os filipenses. Eles continuaram o seu apoio e até enviaram um dos seus, Epafrodito, para entregar a Paulo o apoio financeiro que ele precisava e para serví-lo enquanto ele esteve na prisão. Na parábola do Bom Samaritano, os líderes religiosos passaram pelo homem que tinha sido roubado e espancado. Eles fecharam os ouvidos e os corações ao seu clamor. O samaritano, tal como a igreja de Filipos, não podia fazer isso. Ele tinha um coração de amor e era sensível para ouvir e responder às necessidades dos outros

Para sermos os primeiros a responder, devemos ser cheios de amor. Paulo orava constantemente para que o amor crescesse e abundasse na igreja de Filipos. Sem amor, há indiferença. Um coração indiferente ouve as necessidades, e pode suspirar com piedade, mas não responde. O Evangelho é a Boa Notícia. É Jesus a dar tudo para nos salvar dos nossos pecados e da condenação eterna. O Seu Amor alcançou-nos na nossa pior hora. Ele ouve o nosso choro e responde. Este é o amor que foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo. Este é o amor que nos constrange a alcançar os outros. Não podemos esperar por um tempo mais conveniente e as condições certas. Devemos ser os primeiros a responder.

Escrituras para meditar 
Salmos 2:7-8; 118:24; Zacarias 9:12; Mateus 6:34; Hebreus 3:7-8; 4:7

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