Respiração espiritual

Quando olhamos para a natureza podemos observar muitas verdades espirituais. Deus criou o homem do pó da terra, que é uma substância inanimada. O homem estava morto até que Deus soprou vida nele. O sopro de Deus marcou o início do processo que sustém a vida humana, a respiração. O homem inspira oxigénio e depois expira dióxido de carbono, desta forma ele continua a viver. Deus é o dador da vida (primeira respiração), mas depois a sua manutenção é com o homem. O coração bombeia o sangue pelo corpo, mas se a respiração pára o coração também pára.

Respirar é o dar e o receber, o semear e o colher, o amar e ser amado. Tal como é necessária a respiração para manter a vida natural, também é necessária para a vida espiritual. Como a Bíblia diz: “passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte,” I João 3:14. Nós recebemos o amor de Deus, que gera vida espiritual em nós, mas temos que amar os outros para que essa vida continue. Inspirar e expirar.

Este princípio natural e espiritual, também, é visto no fenómeno do mar morto: O rio Jordão desagua no mar morto. É água fresca, na qual há vida mas, ao chegar ao mar morto, torna-se salgada e incapaz de sustentar vida, porque não há saída para água. A nossa vida espiritual não se resume somente a “mim”. É sobre o “nós”, é um relacionamento. Se a nossa aproximação a Deus, é apenas para obtermos algo d’Ele, então, rapidamente vamos ficar frustrados e a nossa vida espiritual vai secar. Inspirar e expirar.

O amor, que é o centro do nosso relacionamento com Deus, também é como respirar. Nós amamos a Deus, porque Ele nos amou primeiro (I João 4:19). Recebemos o Seu amor, e então O amamos de volta. O amor, nas relações humanas, é sustentado da mesma maneira. Deve ser recíproco. Tive um jovem que me veio pedir um conselho e pediu oração pois desejava casar. Quando questionei o desejo dele de casar, ele disse-me que não queria estar sozinho, que estava a lutar contra a luxúria e que precisava de uma companheira para compartilhar as despesas da casa. Eu olhei para ele, atentamente, e disse-lhe que ele deveria permanecer solteiro o resto da sua vida. Disse-lhe que o casamento não era para ele! Os relacionamentos tornam-se abusivos quando servem apenas para suprir as necessidades de uma pessoa. Por causa de seu egocentrismo, este jovem rapaz rapidamente destruiria qualquer moça que casasse com ele. Creio, que naquele dia, incuti um pouco de bom senso naquele jovem.

Eu acredito que este é um princípio muito simples e fácil de entender. Dar — receber — dar novamente. Amar — ser amado — amar novamente. Perdoar — ser perdoado — perdoar novamente… E a vida continua. Já viste alguém que está tão frustrado que se esquece de “respirar”? Está tão exasperado com a sua vida que se “atropela a falar”. O rosto fica vermelho e parece que vai explodir, até que alguém tome controle e diga: “Pára, respira profundamente… calma… respira… agora diz…”. Não sejas apenas alguém que recebe. Vais ficar bloqueado. Sê também um dador. É assim mesmo; inspirar e expirar!

Escrituras Para Meditar:
João 3:16; I João 2:9-10; 3:10-14; 4:7-8, 19; Lucas 6:38

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «Spiritual Breathing» in English.]

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