Cantar na esterilidade
Isaías 54:1 – “Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta de prazer com alegre canto, e exclama, tu, que nunca tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da solitária do que os filhos da casada, diz o Senhor.”
Este versículo começa de forma surpreendente: duas palavras que parecem não poder andar juntas são colocadas lado a lado — “canta” e “estéril”. Na lógica humana, a esterilidade traz silêncio, frustração e lágrimas. Mas Deus ordena exatamente o oposto: que a estéril cante alegremente. Este contraste revela o poder da fé e da promessa divina.
No contexto histórico, Israel encontrava-se no exílio, sentindo-se abandonada, sem fruto e sem esperança. A esterilidade representava a incapacidade de gerar vida e continuidade. Mas Deus intervém com uma palavra de esperança: “Canta!” — não pelo que já aconteceu, mas pelo que Ele está prestes a realizar.
A mensagem é clara: o cântico de fé não depende das circunstâncias, mas da certeza de que Deus cumpre a Sua promessa. Quando Ele fala, a realidade muda. A ordem de cantar antes do milagre mostra que a fé verdadeira antecipa a vitória.
O versículo termina com uma promessa grandiosa: “mais são os filhos da solitária do que os filhos da casada”. Deus não apenas remove a esterilidade; Ele transforma a desolação em abundância. O que parecia impossível torna-se sinal da Sua glória.
Assim, Isaías 54:1 não é apenas uma promessa para Israel; é também um chamado para nós hoje. O Senhor desafia-nos a cantar em meio às nossas “esterilidades”, porque Ele é o Deus que transforma deserto em jardim, lágrima em cântico, esterilidade em vida abundante.