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A Lei é perfeita mas insuficiente

Não há melhor padrão para moralidade e justiça do que os Dez Mandamentos. Tem sido a base da ética judaico-cristã e fundamental no estabelecimento de uma sociedade justa e moral. Destes Dez Mandamentos, que servem de base para todos os relacionamentos, outras 600 leis secundárias foram dadas ao povo de Israel para estabelecer limites, fornecer proteção e dar identidade como povo de Deus. Mantendo a lei, Israel seria uma luz para as nações, mas eles falharam miseravelmente. Embora a lei fosse perfeita, o povo de Israel não era. Eles eram tão “caídos”, na sua natureza, quanto as nações ao seu redor.

O Novo Testamento mostra-nos que havia um propósito para a lei: como um “tutor” que nos levaria a Cristo (Gálatas 3:24). Como professor, quais são as lições a serem aprendidas a partir da lei? A primeira lição que a lei nos ensina é que somos todos pecadores. A lei é santa, justa e boa. Tão boa, na verdade, que cada um vê onde ficou aquém. A lei revela a nossa incapacidade de cumpri-la em todos os pontos. E ao quebrar uma lei, tornamo-nos infractores de toda a lei. Tiago 2:10 diz: “Pois aquele que obedece a toda a lei, mas falha em um ponto, tornou-se culpado de tudo isso”. O pecado é revelado como a doença comum de toda a humanidade. “Todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23). A lei é insuficiente para salvar o homem do pecado, mas revela a necessidade de um Salvador.

Outra lição a ser aprendida da lei é que existe um legislador. Isso mostra que os caminhos e pensamentos de Deus são mais altos do que os do homem. A lei não é o consenso ou o reflexo do que o homem determinou ser verdadeiro e correto. Se assim fosse, então a lei mudaria de acordo com os costumes da época. A lei é eterna. É a vontade de Deus para o homem. É a vontade de Deus a ser expressa na terra como no céu. O homem pecador não pode cumprir a lei, porque a lei é santa, mas o homem sem pecado pode. Jesus, sem natureza pecaminosa, veio do céu à terra para cumprir a lei. Ele fez isso por meio da lei acima de todas as leis: a lei do amor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

A lei, como base de toda a moralidade, exige consequências para as ações das pessoas. Por todos terem pecado, todos estão condenados. As Escrituras dizem: “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. E novamente diz: “Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3:10). Paulo escreve aos gálatas que a consequência da condenação eterna é a maldição da lei (Gálatas 3:13). Para que a lei fosse cumprida e a maldição fosse anulada, o pecado teria de ser erradicado. Ao tirar o pecado, o homem poderia voltar a ser santo e viver de acordo com a vontade de Deus. A lei precisava de ser cumprida. O pecado precisava de ser condenado, e um preço pago pelo homem para ser redimido da consequência (maldição) do pecado.

Jesus levou todo o pecado do homem sobre Si e sofreu a consequência: a morte na cruz. O propósito da cruz era levar-nos ao fim da nossa suficiência, para levar-nos das obras para a graça. Em vez de nos esforçarmos para ser justos, pela fé recebemos a justiça de Deus em Cristo (2 Coríntios 5:21). A maldição foi pregada na cruz e, colocando a nossa fé na obra de Cristo na cruz, podemos ser salvos. A lei continua a condenar aqueles que não recebem a Cristo como seu Salvador, mas Jesus salva, ao nível máximo, aqueles que recebem a salvação pela fé.

Escrituras para meditar
João 3:16; Gálatas 3:11-14, 24; Romanos 3:10, 23; 4:13; 7:7, 12; 13:8; Hebreus 7:25

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «The Law Is Perfect But Insufficient» in English.]

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