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Amém

Já alguma vez te sentiste incomodado com o modo frequente e aparentemente irreverente do uso do termo “amém” feito por alguns cristãos? Como ministrei em muitos países ao redor do mundo, descobri que “amém” é usado em certas culturas como um ponto final, como pontuação na maioria das pregações. Quando os pregadores dizem “Amém”, a congregação responde de acordo com um amável “Amém”. Para mim, parece que o foco da pregação se perde com a frequência do uso dessa palavra. Mas, antes de criticarmos muito, devemos concordar que é uma das palavras mais usadas na Bíblia, especialmente no Novo Testamento.

A palavra Amém é a mesma nas línguas grega e hebraica e, portanto, tem sido transliterada para a maioria dos idiomas modernos. O seu significado mais comum é expressar concordância ou aprovação. É como dizer um sincero “sim” ao que foi dito. Em toda a cristandade, orações são concluídas com amém, bênçãos são concordadas com, e decisões são confirmadas dizendo amém. No Antigo Testamento, amém também era usado depois de uma maldição ser pronunciada. Neste sentido, era um reconhecimento e consciência da gravidade da violação da lei de Deus e uma aceitação das consequências. Ao dizer amém, a pessoa tornava-se o juiz da sua própria culpa no caso de tal crime ser cometido.

Embora o amém frequentemente apareça no final de uma oração ou bênção, também é uma expressão de veracidade e divindade. Em Apocalipse 3:14, Amém é um título dado ao Senhor: “O Amém, a Testemunha fiel e verdadeira… diz isto” Isto pode parecer estranho para nós, usar amém como um título, mas está em conformidade com as diversas vezes que Jesus usou amém no Seu ministério. Quase setenta vezes nos Evangelhos, Jesus usa a expressão, amen lego humin, para afirmar a Sua autoridade e evidenciar a Sua autoconsciência messiânica. Ao dizer: “Eu te digo amém” (geralmente traduzido como: verdadeiramente, realmente ou portanto), Jesus está a dizer que Sua a autoridade excede os intérpretes judeus da Lei e que as Suas palavras são de origem divina.

Paulo frequentemente usa amém para expressar louvor a Deus e como doxologia no final da maioria de todas as suas cartas. Ele também convida os seus leitores a unirem-se a ele para dizer amém às promessas de Deus e selar a sua confissão da divindade de Cristo com um amém (Romanos 1:25 e 9:5). Ele não estava a promover um chavão religioso, mas estava a construir uma compreensão hebraica da fidelidade e imutabilidade de Deus. Isaías expressa isso quando usa o termo amém para referir-se a Deus como Verdadeiro e, portanto, também Fiel: “abençoado pelo Deus da verdade” (em hebraico “Deus de Amém” — Isaías 65:16). Neste contexto, ao dizermos amém, estamos endossando o que foi dito como verdadeiro e vindo de Deus.

Amém não deve ser usado levianamente ou simplesmente por hábito. É uma identificação com a oração ou mensagem dada. Como Paulo admoestou aos coríntios, a mensagem deve ser entendida para que haja um amém (1 Coríntios 14:16). É um acordo que requer responsabilidade e prestação de contas. Da próxima vez que dissermos amém, vamos colocar todo o nosso coração nisso. Que possamos dar sentido ao que dizemos e dizer o que sentimos.

Escrituras para meditar
Deuteronómio 27:16; Isaías 65:16; Mateus 5:26; 2 Coríntios 1:20; Filipenses 4:20; Apocalipse 3:14; 22:20

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «Amen» in English.]

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