Quando devemos orar?

Ao fazermos a pergunta “Quando devemos orar?”, a resposta óbvia é: Em todo tempo. Mas é igualmente óbvio notar que não oramos em todo o tempo. As Escrituras exortam-nos a “orar sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17). Jesus vive sempre para interceder por nós (Hebreus 7:25). Se Jesus o faz e se a Bíblia diz que devemos fazê-lo, então deve ser possível fazer. Uma coisa é certa, a nossa mente está continuamente a conversar. Há um diálogo interno contínuo. Os nossos lábios podem não estar a mover-se, mas a nossa mente está a falar. Assim, para sermos capazes de orar em todos os momentos, devemos então, de alguma forma, orientar a conversa verbal e a da mente em direção a Deus. Os nossos pensamentos e as nossas palavras são importantes para Deus. Salmo 19:14 diz: “sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração, perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu”. 

O Espírito Santo dá-nos discernimento a respeito de como devemos orar. Ele ajuda-nos na nossa fraqueza, dando-nos as palavras certas para pensar e falar (Romanos 8:26-27). Hipocrisia espiritual é quando usamos esse discernimento, transformando-o em crítica e desprezo. O propósito deste dom é interceder de acordo com aquilo que Deus disse que iria fazer. João escreveu na sua primeira epístola que, quando vemos um irmão cometer um pecado que não leva à morte, devemos pedir a Deus para lhe dar vida (5:16). Para a mente carnal, tal informação facilmente se transforma em juízo e calúnia, resultando em ofensa e mágoa. Ao meditar sobre essa informação, torna-se difícil para a mente carnal guardá-la para si mesma. Dando a oportunidade, ela transborda para outra pessoa pronta para ouvir. Em vez de orar pela pessoa, murmuramos.

A oração soluciona cada situação. O julgamento, a calúnia e o desprezo exageram-nas. Deus dá-nos entendimento sobre situações e vidas, para que possamos orar sobre isto. Quando vires alguém a sofrer, ora. Quando vires alguém alegre, ora.

Quando vires alguém deprimido, ora. Quando vires alguém só, ora. Quando vires alguém sussurrar, ora. Quando vires pessoas a discutir, ora. Ao fazê-lo, colocas tudo nas mãos de Deus. Não gastes todo o teu tempo a tentar endireitar o relacionamento das pessoas com Deus. Usa o teu discernimento como uma ferramenta de oração e deixa Deus mudar corações. Não há nenhuma situação que não precise de oração. Por esta razão, devemos orar em todos os momentos. A oração coloca Deus no comando. Se Ele quiser mais de ti, Ele vai dirigir-te. Não faças nada sem, primeiro, orares.

A oração leva-nos ao coração de Deus. A oração desperta as nossas mentes para os pensamentos que Deus tem acerca dos outros. Na oração, nós podemos agonizar por aquilo que Ele agoniza. Na oração, Deus pode transmitir os Seus pensamentos sobre as pessoas por quem estamos a interceder. A oração transforma primeiro a nós, e depois aos outros. Em certo sentido, a oração é adoração, e a adoração é oração. É o alinhamento do propósito e da prioridade. A oração não é o coração duro que manda as suas petições a Deus e exige d’Ele o que deseja. A oração é a morte para o egoísmo. É o “Não a minha vontade mas a Tua”.

Se achas que ninguém está a interceder corretamente ou o suficiente, então sê tu a pessoa que o faz. Se achas que a maioria das pessoas são preguiçosas quando se trata de oração e carnais nos seus desejos, então sê tu um exemplo para elas seguirem. Se nós somos duros em relação aos outros, nós vamos ser duros em relação a Deus. Deixa os teus pensamentos serem renovados na Sua presença. Eles vão-se tornar as tuas orações e, em seguida, as tuas palavras vão ser grandemente usadas por Deus.

Escrituras Para Meditar:
Jeremias 27:18; Salmos 19:14; I João 5:16; I Timóteo 2:1; I Tessalonicenses 5:17; Filipenses 2:5; Hebreus 7:25

[Read the devotional «When Should You Pray?» in English.]

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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