Onde está, ó morte, a tua vitória?

Por volta de 500 D.C., os calendários começaram a dividir a história com base no nascimento de Jesus. Embora haja alguma discrepância quanto ao ano exato, este evento único tornou-se o ponto crucial da história. A.C., (antes de Cristo), indicou o tempo antes do nascimento de Cristo, e D.C., (Anno Domini ou Ano do Senhor), refere-se ao tempo após o Seu nascimento.
Esta distinção foi usada pela primeira vez em 500 A.C., mas só ganhou uso popular a partir da época de 800 D.C. O nascimento de Jesus é importante lembrar e comemorar, mas o evento mais significativo é a Sua morte e ressurreição. Jesus veio à Terra com a missão de redimir a humanidade e a Sua morte marcou a conclusão. Tendo cumprido a Sua missão, a morte não poderia mantê-lo na sepultura. O Dador da Vida triunfou sobre a morte, quebrou o poder do pecado e satisfez a justiça de Deus.
A morte é a consequência do pecado. Deus disse a Adão e Eva para não comerem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se o fizessem, certamente morreriam. A morte não estava nos planos de Deus para o Homem, mas foi a consequência da desobediência. A morte é a ausência da vida de Deus. A morte não é o fim da existência, é uma existência em que a pessoa é consciente da bondade de Deus, mas sem acesso a ela. A morte é tormento. É separação. Quando pensamos na nossa existência sem experimentar a bondade de Deus, temos o desespero e o medo. Jesus contou a história de dois homens que morreram, um homem rico e um homem pobre. O homem rico foi para o Hades, o lugar de tormento, e Lázaro, o pobre, foi para o seio de Abraão, ou Paraíso. O homem rico podia ver o Paraíso, mas não conseguia alcançá-lo. Ninguém poderia cruzar o abismo que separava as duas realidades. Jesus mostrou, por meio desta história, a finalidade da morte e a consequência do pecado.
Em Romanos 3:23 diz que todos pecaram. E uma vez que todos pecaram, todos morrem. As Escrituras dizem ainda, que a lei do pecado e da morte estão nos membros do nosso corpo. É por isso que ficamos doentes e envelhecemos. O pecado causa a existência da corrupção da vida. A morte só pode governar um corpo contaminado pelo pecado. Jesus é a Vida. A morte não tinha poder sobre Ele, até ao dia em que Ele levou os nossos pecados sobre Si. Quando isto aconteceu, a escuridão cobriu a terra, o Pai distanciou-se do Filho e o Filho de Deus entregou o Seu corpo à morte. Aquele que não conheceu o pecado tornou-se pecado. O Dador da Vida tomou o nosso lugar, recebeu o nosso julgamento e morreu a nossa morte. Pela Sua morte fomos perdoados do nosso pecado e resgatados da sua consequência. Ao satisfazer a justiça de Deus, o pecado e a morte não tinham mais poder. A vida triunfou sobre a morte e Jesus ressuscitou.
Assim como a morte de Jesus trouxe o perdão do pecado, a Sua ressurreição trouxe vida para sempre. Paulo fala muito sobre a ressurreição em I Coríntios 15. Alguns, na igreja em Corinto, ensinavam que não havia ressurreição dos mortos. Paulo escreveu que, se não houve ressurreição, então Cristo não venceu a morte, e se Cristo não venceu a morte, então, ainda estamos todos sob o poder do pecado e a nossa fé é vã. Porque Cristo ressuscitou dos mortos, nós, que colocamos a nossa fé n’Ele, também ressuscitaremos. A morte foi tragada pela vitória. A morte já não tem “aguilhão”. Já não deve ser temida. O efeito da morte nos nossos corpos mortais é completamente aniquilado na ressurreição. O que era mortal, torna-se imortal. O que era corruptível torna-se incorruptível. O que era terreno torna-se celestial. Agora trazemos a imagem do homem do pó, (Adão), mas na ressurreição vamos ter a imagem do Filho de Deus. Assim, onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está o teu aguilhão?

Escrituras Para Meditar
I Coríntios 15:10-18; Romanos 8:11; 10:9; Efésios 2:6; I Pedro 1:21; Gálatas 3:13-14

[Read the devotional «O Death, Where Is Your Victory?» in English.]

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