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Sem parcialidade

Há um pecado que tem fragmentado grandemente a sociedade e enfraqueceu a Igreja e ainda é muitas vezes tolerado ou até mesmo promovido. É o pecado da parcialidade. Tiago diz muito claramente: “Não demonstre acepção de pessoas” (Tiago 2:1) e novamente “Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores” (Tiago 2:9). Não se pode ser mais claro do que isso. Mostrar parcialidade é pecado. Parcialidade é a tendência injusta para tratar uma pessoa, grupo ou coisa melhor do que outra. Quando o primeiro sinal de parcialidade apareceu na Igreja em Jerusalém, os diáconos foram designados para garantir que cada pessoa era tratada de forma justa e que as necessidades de todos eram atendidas (Atos 6:1-6). Quando a Igreja foi ameaçada de divisão sobre a questão de exigir aos gentios crentes que aderissem aos costumes e leis judaicas, os apóstolos e anciãos foram convocados para resolver este conflito. Pedro falou à raiz do problema dizendo que Deus não faz distinção entre judeus e gentios, dando a ambos os povos o Espírito Santo (Atos 15:8-9).

Parcialidade cria um sistema social “casto”, onde os ricos, famosos, bonitos, talentosos, poderosos, educados, etc., são considerados melhores do que outros que não são tão dotados. A parcialidade separa e divide. É exclusiva, e não inclusiva. A salvação é para todos. O Corpo de Cristo é composto de todos os que foram redimidos pelo Sangue de Jesus. Cada membro é importante e necessário. Paulo disse aos Coríntios que se deve honrar ainda mais aqueles que são mais fracos (1 Coríntios 12:23). Como podemos rejeitar, desprezar, ignorar ou mesmo considerar insignificantes, aqueles por quem Cristo morreu? Esta questão provavelmente foi um problema real na Igreja Primitiva, vendo quantas vezes e por tantos apóstolos diferentes este assunto foi abordado no Novo Testamento.

Tiago acerta em cheio. Parcialidade é pecado. Ele não só faz com que seja tão óbvio como preto e branco, mas ele apresenta argumentos. Primeiro, ele começa no capítulo dois a enfatizar e a mostrar que a parcialidade é inconsistente com a nossa fé. É inconsistente com os ensinamentos de Cristo e incompatível com o exemplo que vemos na Sua vida. Tiago continua e diz que fazer distinção de pessoas faz de nós juízes de maus pensamentos (v. 4). Ele lembra-nos que Deus escolheu os pobres para serem ricos na fé e herdeiros do Reino de Deus. Então, se Deus não faz distinção, porque deveríamos fazê-lo?

Quando nos comportamos da maneira que Tiago descreve como parcialidade, não estamos a agir como filhos de Deus. Estamos a blasfemar contra o “bom nome que sobre vós foi invocado” (v. 7). Deus é amor e mostrar favoritismo viola a Sua natureza e está em desobediência com a “regra de ouro” que é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v. 8). Tiago torna-se muito convincente quando diz que quando mostramos parcialidade estamos a pecar e estamos em transgressão com a lei e carácter de Deus.

Qual é o antídoto para curar esta doença que tem destruído tantas igrejas e relacionamentos? O primeiro passo é o arrependimento pelos maus pensamentos acerca dos outros. Em seguida, começar a honrar todos. Isto é considerar os outros superiores a nós mesmos. Devemos honrar os fracos, os diferentes, os imigrantes, os feios, os que cheiram mal, os mendigos, os pobres, os pecadores e todos aqueles de quem não gostamos. Pedro disse: “Honrai a todos” (1 Pedro 2:17). Esta é a lei do amor e o antídoto para a parcialidade.

Escrituras Para Meditar
Gálatas 2:6; Tiago 2:1-10, 3:17; I Timóteo 5:21; Romanos 12:10; Atos 10:34; Efésios 5:1

[Read the devotional «No Partiality» in English.]

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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