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O propósito dos testes

No dia do exame a maioria dos estudantes está nervosa enquanto entram na sala de aula. Alguns passaram toda noita a estudar, tentando acumular em algumas horas o que deveriam ter aprendido durante todo o ano. O professor fez o exame para ver o que os alunos sabem, não para tentar ver quantos ele pode chumbar. No entanto, aqueles que fazem o exame não esperam ansiosamente por este dia de teste. Tenho estado em ambas as posições, de fazer e dar testes, e conheço os benefícios e as angústias envolvidos. Como professor, vejo mais os benefícios do que o desconforto do momento. Quero convencer o aluno do valor do material que estudou e a importância de aplicar isso à sua vida.

Na Bíblia, as palavras tribulação, tentação, teste e prova vêm da mesma palavra grega peirasmos. Por vezes são permutáveis e outras vezes são feitas distinções. Por exemplo, Mateus 4:1 diz que Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Em Tiago 1:2-3 a Bíblia diz: “tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência.” No entanto, no versículo 13 diz: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado, porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.” Para compreender as semelhanças e distinções, temos de olhar para o propósito e a fonte.

Quando Deus nos prova, ou permite que sejamos tentados pelo Diabo, é com o propósito de fazer sobressair o melhor que há em nós. O Diabo tenta-nos para provocar o pior de nós, mas Deus sabe que ao resistir à tentação, o Diabo foge de nós e nós seremos fortalecidos na força do Seu poder. Tal como o fogo purifica o ouro e transforma o ferro em aço, também as provas produzem pureza e força espiritual. Depois de Jesus ter sido tentado pelo Diabo, tendo-o derrotado pela Palavra de Deus, Ele voltou “no poder do Espírito” para a Galileia (Lucas 4:14). Estas tentações prepararam Jesus para as maiores batalhas que Ele teria de enfrentar.

As tribulações fazem parte da vida. A forma como as atravessamos revela o que é mais importante para nós. Os nossos valores determinam as nossas avaliações. Se damos mais valor ao conforto do que ao carácter, então as provas que enfrentamos perturbam-nos. Acabaremos por nos tornar mais amargos do que melhores. Será difícil “ter grande gozo” se o presente for mais importante do que o futuro e o material mais valorizado do que o espiritual. Deus procura o ouro que há em nós. Ele deseja que produzamos uma abundante colheita de fruto. Com isto em mente, Ele poda-nos e remove os ramos secos, que são as “obras mortas”. É com a fricção da lixa que as arestas ásperas são removidas.

Vivo num país com incontáveis olivais. Na altura da colheita, o agricultor começa a bater nas oliveiras para poder colher as azeitonas. Alguns utilizam técnicas mais modernas, tais como vibradores para sacudir as árvores até que todas as azeitonas tenham caído. Depois de as azeitonas terem sido recolhidas, são colocadas no lagar para extrair o azeite desejado. O azeite é um símbolo de unção nas Escrituras. A unção não sai barata. É necessária muita pressão para produzir o resultado desejado. Portanto, regozija-te no dia do teste. A irritação momentânea (como o grão de areia na ostra), produzirá a pérola de grande preço. A tua vitória será a vitória de tantos outros.

Escrituras Para Meditar
Mateus 4:1-11; 6:13; 18:7; 26:41; 1 Coríntios 10:13; Tiago 1:2-3; 4:7; João

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «The Purpose of Testing» in English.]

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