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Autocontrolo

Quando Deus criou Adão e o colocou no Jardim do Éden, deu-lhe uma lei e esperava que ele governasse de acordo com essa lei. Uma vez que o homem tivesse a lei, devia submeter-se a Deus e obedecer às Suas instruções. Deus não colocou anjos à volta da árvore do conhecimento do bem e do mal para impedir o homem de comer do fruto proibido, nem construiu uma cerca para o manter afastado. O autogoverno era o principal meio pelo qual se esperava que o homem governasse. Quando o homem se recusa a ser autogovernado, está a optar por ser um escravo. Isto resume toda a história da humanidade, começando no Jardim do Éden até aos dias de hoje.

Na época do profeta Samuel, Israel queria ter um rei, tal como as outras nações. Queriam ser livres da responsabilidade pessoal e estavam dispostos a entregá-la a um rei. Samuel avisou-os das consequências. Disse que teriam de pagar impostos, que os seus filhos seriam colocados em serviço militar, que as suas filhas seriam suas criadas e que os seus servos seriam os servos dele. O rei tomaria as suas terras e todos trabalhariam para ele. Embora o custo fosse elevado, ainda assim Israel preferia ser governado em vez de exercer autocontrolo.

O que levou Israel a tomar tal decisão foi o comportamento prevalecente de “cada homem fazer o que parecia certo aos seus próprios olhos” (Juízes 21:25). Nesta anarquia de atitudes, o povo pensava que a única solução era ter um rei. Mas o autogoverno não é fazer a nossa própria vontade. É sermos pessoalmente responsáveis perante Deus pelas nossas acções e atitudes. Não importa a nossa posição na sociedade, tudo o que fazemos deve ser feito “como a Cristo”. Autogoverno é submeter- -se voluntariamente à Palavra de Deus e obedecer. É assumir a responsabilidade de governar a própria mente, as emoções e a vontade. Provérbios 25:28 diz: “Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito”.

O autocontrolo é um fruto do Espírito. É resultado de sermos cheios do Espírito Santo. É obedecer à lei interior que Deus colocou nos nossos corações. O autocontrolo é o domínio que exercitamos sobre as nossas paixões, língua, apetites e pensamentos. É quando decidimos dizer não ao pecado e sim a Deus. Sem autogoverno só existe escravidão aos impulsos da natureza pecaminosa. Ninguém pode legislar o autocontrolo. Depende do indivíduo. De facto, os problemas na sociedade resultam de as pessoas não se governarem a si mesmas. Não se deve à falta de polícias ou à necessidade de leis mais rigorosas. Os problemas sociais são problemas de indivíduos.

Para cultivar autocontrolo é preciso ver-se a vida como uma chamada. Tudo o que dizemos, pensamos e fazemos é para trazer glória a Deus. Quando tens a tua vida dividida em compartimentos, desculpas as tuas autoindulgências como sendo necessárias para relaxar e desintoxicar. Crias o teu “espaço próprio” onde podes mimar-te em detrimento dos que te rodeiam e das responsabilidades que tens. Quanto mais te concentras na autorealização, maior será o teu “espaço próprio” e menor será o amor que tens pelos outros. A tua identidade é então transferida de quem tu és para o que tu fazes. O amor por Deus e pelos outros torna-se secundário para a autopreservação e a autorealização de cada um. Esta é a raiz do problema do homem. Para ser livre desta mentalidade egoísta, é preciso amar a Deus e aos outros tanto quanto estás a tentar amar a ti próprio. O amor é a motivação de que precisas para ter autocontrolo.

Escrituras Para Meditar
1 Samuel 8:10-18; Provérbios 25:28; Gálatas 5:22-23; Efésios 6:5-9

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «Self-control» in English.]

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