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Osso a osso

Quando Deus criou a mulher, a Bíblia diz que ela foi formada a partir da costela, ou osso, do homem. Fisicamente, é verdade que o homem tem menos uma costela do que a mulher, mas há muito mais que podemos aprender sobre este acto específico da criação. Alguns sublinham que a mulher foi formada a partir da costela, o que mostra que ela está próxima do coração do homem e ao seu lado, o que significa que ela vai ser sua parceira. Este osso não foi retirado do pé, por outras palavras, não para ser governada pelo homem, mas sim do seu lado. Mais do que a localização do osso que foi tirado do homem é o significado hebraico da palavra em si. O osso na língua hebraica é etzem. Isto pode ser traduzido como osso, mas também como essência ou substância. Por outras palavras, a mulher partilha a mesma essência que o homem. Adão não tinha encontrado um companheiro adequado entre todo o reino animal, até Eva ter sido criada a partir da sua costela. Quando ele acordou da operação ele disse: “Isto é finalmente osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Eles são da mesma substância. Foram feitos um para o outro.

O facto de Eva ter sido retirada de Adão não foi para promover a sua independência, mas para criar a base da sua relação. Por serem da mesma substância, podiam ligar-se e experimentar o amor. Podiam tornar-se uma só carne. Embora os animais possam ser bons “amigos” do homem, nunca poderão tornar- -se um com o homem. Eles não são da mesma essência que o homem. A humanidade partilha uma natureza única, na medida em que foram criados à imagem de Deus. O primeiro capítulo de Génesis, diz: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (v.27). Eles eram à imagem de Deus, sendo espírito, mas não podiam experimentar a Sua natureza até que pudessem estar em relacionamento amoroso. Deus é amor e, portanto, ama. A essência do ser do homem é amar como ele é amado. Esta é a imagem de Deus e por esta razão não era bom que o homem estivesse sozinho.

Quando Israel esteve na Babilónia, Ezequiel teve uma visão de um vale cheio de ossos secos. Estes ossos representavam Israel no seu estado perdido. Israel tinha sido exilada na Babilónia durante 70 anos e Deus desejava trazê-los de volta para a sua terra. Para que isto acontecesse, eles precisavam de se reunir como nação. Ezequiel foi mandado para profetizar sobre os ossos secos. Logo que o fez, os ossos começaram a encontrar os seus ossos formando esqueletos humanos. Depois, os músculos, nervos e carne formaram-se sobre estes ossos para voltarem a ser pessoas visíveis. À medida que a segunda profecia foi proferida, o fôlego entrou nestes corpos, formando um poderoso exército. A restauração da nação só poderia acontecer após a reconciliação. Os ossos precisavam de encontrar os seus ossos.

Numa cultura em que o destino ou propósito individual são promovidos, relacionamentos não são valorizados ou vistos como essenciais. A busca é sermos super-homens e super-mulheres, que não precisam de ninguém. As relações duram apenas o tempo necessário para o progresso pessoal ou para satisfazer desejos imediatos. Esta atitude vai contra a essência variável de quem somos e de como fomos criados. É uma mentalidade de escravidão. A Palavra do Senhor foi enviada para unir as pessoas no Corpo de Cristo. Uma pessoa não é o Corpo. Temos de estar ligados, osso a osso, para que o Espírito Santo possa soprar o Seu fôlego em nós. No dia de Pentecostes, os crentes estavam juntos, orando em união, quando o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Estavam ligados uns aos outros e assim levantaram-se como um poderoso exército para cumprir a Grande Comissão.

Escrituras Para Meditar
Génesis 2:22-23; 50:24-25; Êxodo 13:19; Ezequiel 37:3-10

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «Bone to Bone» in English.]

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