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De Moisés a Jesus

O Evangelho segundo Mateus marca a transição do Antigo Testamento para o Novo Testamento. A forma como Mateus escreve acerca de Jesus enfatiza o judaísmo do Rei Messias e o Seu direito a herdar o trono de David. Uma e outra vez, vemos a mensagem do Reino de Deus nas páginas deste livro à medida que Mateus nos lembra que Jesus é o cumprimento de tudo o que fora dito pelos profetas e revelado na Lei de Moisés. Ao longo do Novo Testamento, o entendimento do Messias foi alargado de ser apenas o “Leão da Tribo de Judá” para incluir o ofício de Sumo Sacerdote, de acordo com a ordem de Melquisedeque. Este Rei de Salém é também profeta e sacerdote. Assim, Jesus é o Rei dos reis e Sumo Sacerdote sobre um “sacerdócio real” (1 Pedro 2:9).

Moisés é uma figura central na história judaica. Foi Moisés que libertou Israel de 400 anos de escravidão no Egipto. Moisés recebeu a Lei e as muitas instruções quanto ao modo de vida e identidade de Israel. Moisés iniciou as festas e o sagrado sábado. Ele trouxe Israel para a Terra Prometida e separou a tribo de Levi para ser os seus sacerdotes. O que Moisés deu a Israel foi considerado a última palavra de autoridade de Deus sobre qualquer assunto. Não se podia ser judeu sem seguir as leis de Moisés. Quando Jesus iniciou a Nova Aliança, trazendo a salvação eterna a todos os que n’Ele acreditam, Ele disse que não tinha vindo para abolir a Lei e os Profetas, mas para cumprir (Mateus 5:17).

No livro de Mateus, a simbologia é rica em fazer a comparação entre Moisés e Jesus. Moisés tirou Israel do Egipto e Jesus saiu do Egipto em criança. Moisés jejuou durante 40 dias no deserto do Monte Sinai, depois de passar pelo Mar Vermelho, antes de receber os 10 Mandamentos. Jesus esteve em jejum durante 40 dias no deserto, depois do seu baptismo na água, antes de iniciar o Seu ministério. Os milagres de fornecer alimento às multidões, curar os doentes, o brilho da glória de Deus nos seus rostos, etc., são todos paralelos entre Moisés e Jesus. A evidência é tão convincente que Jesus era o Messias que Israel esperava, mas mesmo assim, muitos não o conseguiram ver.

Jesus, como cumprimento de tudo o que foi dito no Antigo Testamento, declarou que Ele era a Luz do Mundo (João 9:5). Sem luz, caminhamos na escuridão. Sem luz, tropeçamos na mais pequena coisa. Os líderes espirituais dos dias de Jesus não conseguiam ver quem Jesus realmente era. Jesus disse que eles eram como cegos guiados por cegos. Já alguma vez viste óculos que têm luz? Reparadores de relógios, joalheiros e cirurgiões usam este tipo de óculos para fazer um trabalho detalhado. Os líderes religiosos estavam a usar as lentes de Moisés para ver Jesus. Estes óculos não tinham luz. Havia um véu sobre o rosto de Moisés para esconder o facto de que a luz da glória tinha diminuído (2 Coríntios 3:12-18).

Jesus disse que Ele era a Luz do Mundo. É preciso olharmos para Jesus e através dos Seus óculos para vermos o que Moisés estava a ver. Moisés sabia que não era o Salvador do mundo, tal como João Baptista sabia que não era o Messias. Todos apontavam para Jesus. Alguns querem voltar a Moisés para serem mais espirituais e autênticos na sua devoção a Deus, no entanto Moisés falou de outro profeta que viria depois dele, e era a este profeta que eles deveriam ouvir (Deuteronómio 18:15). Jesus é este Profeta. Ele é o Messias que veio para reconciliar toda a humanidade com Deus.

Escrituras Para Meditar
Mateus 5:17, 43-44; 6:33; Hebreus 8:13; Deuteronómio 18:15; 1 Pedro

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

Abençoe o ministério do Pr. James Reimer, adquirindo estes livros.

[Read the devotional «From Moses to Jesus» in English.]

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