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Filhos da ressurreição

Alguma vez ouviste a expressão: “tem uma mente tão celestial que não é de nenhum bem terreno”? Há alguma verdade nisso, mas creio que o oposto também é válido: “tens uma mente tão terrena que não tens um bem celestial”. Precisamos de encontrar um equilíbrio entre ter uma mentalidade celestial e, ao mesmo tempo, estar envolvidos nos assuntos desta vida. Ao pensar sobre esta aparente contradição de perspectivas, eu lembro as palavras de Jesus em Lucas capítulo 20. Nesta passagem Jesus refuta os saduceus acerca da sua confusão sobre a ressurreição dos mortos. Esta seita do judaísmo não acreditava na vida após a morte. Eles mantiveram a expressão acima mencionada que enfatiza o envolvimento terreno. Jesus respondeu dizendo que Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos, o que significa que, como era o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, eles estavam vivos no céu. No versículo 36 Jesus explica que aqueles que estão no céu são “iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição”.

A ressurreição dos mortos é um ensinamento crucial e fundamental de Cristo (Hebreus 6:1-2). Estabelece a base da nossa fé e a esperança da vida eterna (1 Coríntios 15:13-14). Na ressurreição, a morte, o pecado e o Diabo foram vencidos. Ela marcou a vitória definitiva sobre o domínio das trevas. Compreendendo a importância da ressurreição, podemos fazer uma ponte na brecha entre o céu e a terra. Por outras palavras, podemos ter uma mente simultaneamente celeste e terrena. Jesus disse que aqueles que foram redimidos pela Sua morte foram feitos filhos de Deus pela Sua ressurreição. Esta é tanto uma realidade presente como uma esperança futura. Porque Cristo ressuscitou dos mortos, nós estamos sentados com Ele em lugares celestiais: o velho já passou e tudo se fez novo. Esta é uma realidade presente e futura.

Muitos têm dificuldade em conciliar este continuum de tempo e espaço com realidades eternas. Na Bíblia vemos que Marta foi aquela que teve dificuldade em compreender o aspecto presente vs futuro da ressurreição. Quando o seu irmão, Lázaro, morreu, Jesus ainda estava na Galileia. Ele chegou quatro dias depois da morte de Lázaro, e para Maria e Marta, quatro dias era demasiado tarde. Jesus consolou Marta dizendo que Lázaro iria ressuscitar dos mortos. Ela respondeu: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição no último dia” (João 11:24). Esta é uma resposta tão natural em tempo de luto. Mas Jesus estava a falar de ressurreição no presente, não no futuro. Ele disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (v.25). Ao acreditar no Senhor Jesus temos a vida eterna que começa no presente e vai até toda a eternidade.

Paulo fala da realidade presente da ressurreição, comparando-a ao baptismo. Ele disse: “Sepultados com ele no baptismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Colossenses 2:12). A ressurreição de Cristo é a nossa ressurreição. A Sua vida é a nossa vida. Estamos agora sentados nos lugares celestiais, em Cristo Jesus (Efésios 2:6). Consegues ver a vida a partir desta perspectiva ressuscitada? “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Colossenses 3:1). Da nossa mentalidade celestial somos espirituais aqui na terra, somos justos e santos e abundantes em toda a boa obra. Por causa da ressurreição, o nosso lar está no céu, somos filhos do Altíssimo, e membros da Sua família. Lembremo-nos sempre de que somos filhos da ressurreição, que resistimos à tentação, que vencemos o Diabo e que temos a vida eterna.

Escrituras Para Meditar
Lucas 20:36; 1 Coríntios 15:42-49; 2 Coríntios 5:17, 21; Colossenses 2:12; 3:1

Devocional incluido na coleção 52 Devocionais.

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[Read the devotional «Sons of the Resurrection» in English.]

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